23 novembro, 2016

O meu artigo de opinião n'O ALMEIRINENSE de 15 de agosto de 2016
TEMPOS DIFÍCEIS
A crise económica que a Europa e o Mundo atravessam e os cada vez mais escassos fundos disponibilizados por Bruxelas, tornam a tarefa dos autarcas de hoje manifestamente mais difícil e exigente que a dos seus antecessores. Por isso as autarquias estão hoje perante uma nova realidade: fazer omeletes com poucos ovos e, muitas vezes, sem nenhuns.
Foi perante esta nova realidade que o actual executivo camarário tomou conta dos destinos de Almeirim. Sabemos que este executivo herdou do anterior, também socialista, uma situação financeira equilibrada, sinal da sua inegável competência. Mas também não recebeu nenhum tesouro de moedas de ouro para esbanjar a bel-prazer. Recebeu, sim, um legado de competência e muita dedicação.
O facto é que, pelas dificuldades atrás referenciadas, não há margem para atender todas as solicitações, muito menos para obras emblemáticas. Bem gostaríamos de ter em Almeirim, mesmo a uma escala menor, um museu Guggenheim, uma Casa da Música ou que um arquiteto de renome mundial por cá deixasse assinatura. Mas se o sonho é essencial para a vida, a realidade obriga-nos a ter os pés bem assentes no terreno, e, mesmo assim, temos de ter a certeza que ele não é feito de areias movediças.
Mesmo em tempos difíceis o actual executivo camarário, de maioria socialista, já fez algumas obras, ou iniciou outras, de inequívoca importância para o futuro do concelho, fruto de uma adequada gestão dos recursos disponíveis. As inúmeras “pequenas obras” que se têm feito um pouco por todas as freguesias, são “grandes obras” para o bem-estar das suas populações. Nas de maior envergadura podemos salientar: a construção da nova ponte sobre a vala em Benfica do Ribatejo é o exemplo da preocupação com um setor vital na nossa economia, a agricultura; a remodelação do emblemático edifício das Escolas Velhas honra a memória da cidade e será um centro difusor da história do nosso concelho; a recuperação e melhoramento do estádio municipal, tão importante para o desenvolvimento dos nossos jovens desportistas; a circular urbana – que, a expensas da autarquia, vai avançando -, tão necessária para resolver o problema do trânsito caótico e perigoso que atravessa actualmente Almeirim.
Mas também há ideias para o futuro. Sonhos, portanto. A visão de futuro do executivo e em especial do seu presidente Pedro Ribeiro foi demonstrada com a compra muito vantajosa para a autarquia do terreno dos antigos celeiros. Esta área é de grande importância urbana porque, conjuntamente com os espaços verde e cultural da biblioteca e os dos jardins envolventes, e os desportivos com o parque desportivo e o pavilhão ABC, irá originar a um “continuum” espacial que promove a cidadania, embeleza e dignifica a cidade. No futuro os almeirinenses agradecerão.
Na cultura, e como Almeirim não é só sopa da pedra, é de referir em especial o Festival “Guitarra d’Alma” que, com o tempo, tem todas as potencialidades para ser uma referência nos eventos culturais nacionais.
Tempos difíceis, mas com esperança.

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