13 setembro, 2007

Estereogramas: a realidade da ilusão

O dragão das Três Cabeças


O Tubarão

Os Estereogramas têm como princípio a capacidade do cérebro de gerar a sensação de tridimensionalidade ao detectar pequenas diferenças entre as imagens captadas por cada olho.
Para visualizar um estereograma é necessário, com mais ou menos esforço e determinação, que se tente focalizar cada olho em pontos diferentes da imagem. Algumas pessoas (muitas) têm dificuldade em visualizar estereogramas pois esta forma de olhar não é natural para o nosso cérebro. Mas vale a pena tentar. Um truque: olhe fixamente a imagem e tente “trocar” os olhos.
Para saber mais.


I Have A Dream (ABBA)

Um Sonho.

Também eu tenho um sonho ... poder continuar a sonhar. Uma antiga mensagem dos Abba, hoje quase esquecida. Mas faz bem recordar, para continuarmos a acreditar que - ainda - é possível.

"I Have a Dream" - Abba

I have a dream a song to sing

to help me cope with anything

if you see the wonder of a fairy tale

you can take the future even if you fail

I believe in angels

something good in everything I see

I believe in angels

when I know the time is right for me

I’ll cross the stream - I have a dream.

I have a dream a fantasy

to help me through, reality

and my destination makes it worth the while

pushing through the darkness still another mile

I believe in angels

something good in everything I see

I believe in angels

when I know the time is right for me

I’ll cross the stream - I have a dream.

I'll cross the stream - I have a dream.

06 setembro, 2007

Morreu Pavarotti


Luciano Pavarotti morreu esta madrugada na mesma terra que o viu nascer, Modena (Itália), há setenta e um anos. O maior tenor de sempre, depois de Caruso, não mais pisará os palcos de todo o Mundo por onde espalhou a sua arte enorme. Pavarotti deixou-nos, mas a sua voz continuará, para sempre, a dar-nos momentos de enorme prazer.

Una Furtiva Lagrima
"O sole mio" – Os Três Tenores, com José Carreras e Plácido Domingo


14 julho, 2007

A tomada da Bastilha - 14 de Julho de 1789


Há precisamente 218 anos, no dia 14 de Julho de 1789 as massas revoltosas francesas tomaram a Bastilha, símbolo do regime Absolutista que governava o país. A Revolução Francesa tornou-se o paradigma da sociedade moderna e transformou radicalmente o modo como os homens se olhavam, até então, uns aos outros. O fim do poder absoluto e desumano do clero e da nobreza franceses foi o rastilho, que numa onda eufórica, se propagou pela maior parte da Europa e posteriormente alastrou ao resto do mundo.

A sociedade actual é herdeira desse movimento social radicalmente transformador. Mais que em qualquer outro caso pode dizer-se que a partir de 1789 nada ficou como antes. Foi a fonte da maior transformação social da história das sociedades. O Homem finalmente ocupava o seu lugar na sua própria história e foi-lhe concedido um primeiro direito, que até ali lhe tinha sido usurpado — o direito ao sonho, ao sonho expresso livremente e sem medo. Todas as utopias seriam possíveis. Muitas passaram a realidades tão marcantes na sociedade actual que a muitos é difícil imaginar que há pouco mais de duzentos anos elas eram completamente proibidas ou só permitidas a uns poucos.


Beethoven: pintado por Joseph Karl Stieler – imagem retirada da Wikipédia

Beethoven foi um amante e seguidor dos ideais humanistas da Revolução Francesa. A sua obra, com destaque para as suas nove sinfonias, espelha a elevação do Homem acima de quaisquer formas de limitação da liberdade, fossem físicas, sociais, económicas ou espirituais.. A 3ª Sinfonia, dita “Heróica” foi inspirada nos ideais saídos da Revolução Francesa e Beethoven que inicialmente a dedicara a Napoleão Bonaparte, retirou-lhe a dedicatória quando este se proclamou imperador. A 9ª Sinfonia, foi consagrada como o hino da Comunidade Europeia
Se tiverem tempo e disponibilidade psíquica, ouçam



No dia de hoje estamos todos de parabéns, pese embora o facto de muitas das utopias continuarem, ainda, por realizar. Mas continua a valer a pena sonhar...






12 dezembro, 2006

Um sítio a preservar?

Túnel das pinheiras, E.N. 114, Almeirim. A forma moldada à função, pela mão da natureza. Será que num qualquer dia um fósforo criminoso ou uma motosserra de "serviço público" derrubará este monumento? O interesse concelhio não estará aqui também em jogo?...

Os verdadeiros artistas do futebol.

Quando, como nos dias de hoje, se fala tanto do futebol pelos piores motivos, envolvendo em geral actores acessórios ao mesmo, e uma pessoa se encontra dividida entre o fascínio pela beleza estética de uma actividade humana que é um dos paradigmas da actual sociedade e o repúdio por tudo o que ela também representa de falsidade, corrupção, interesses mesquinhos e paixões exacerbadas e doentias, resta-nos acreditar que ainda existem pessoas e desportistas pelos quais vale por uma prática desportiva que, num futuro não muito distante — através da enorme força atractiva que exerce em especial sobre a juventude — esteja ao serviço da humanidade e engajado inequivocamente na resolução dos grandes problemas sociais contemporâneos.
São artistas como Samuel Eto’o e Frederic Kanouté que devem ser apontados como exemplo aos nossos jovens desportistas. São eles os verdadeiros Artistas do futebol e do humanismo, e não aqueles “artistas” que, sem saberem sequer equilibrar-se para dar um pontapé na bola, vão sugando as veias do desporto em benefício próprio.

Imigrantes
Nuno Ribeiro, Madrid


Não é engano. Antes pelo contrário. Na bola também se pode falar de coisas sérias. O pontapé pode servir para dar a conhecer carências. Injustiças. E encontrar soluções. Nem que sejam à pequena escala. E, então, falar, quando menos se espera dos problemas dos imigrantes.Há dois tipos de artistas. Os que andam cegos pela notoriedade concedida pelo mais belo jogo. E os que o praticam e vivem não esquecendo o mundo. Os primeiros, perdem-se em honrarias. Em festas sociais. Em gestos de mau gosto e de muito acumulação de riqueza. Os do segundo caso, são didácticos sem serem chatos. Lançam alertas nos mais inesperados fóruns e espaços.É assim que, por exemplo, num jornal desportivo aparece o tema da imigração africana. Quem chama a atenção para o drama é gente da bola, com a vida resolvida, mas com um arguto sentido da justiça - o que deixa muito eco às suas preocupações. Ser solidário é o lema de Samuel Eto"o, o mago dos Camarões que joga no Barcelona. Eto"o denuncia o que há de errado em Espanha: o racismo. Não é caso único de alertas. Frederic Kanouté nasceu há 29 anos nos arredores da cidade francesa de Lyon. Passou, sem grande glória, pelo futebol inglês e esta é a sua segunda época no Sevilha. Não vai nada mal. Comanda com Ronaldinho e o argentino Diego Milito, do Saragoça, a lista de melhores goleadores: com 11 êxitos.Kanouté é filho de país do Mali. Que emigraram para França à procura de melhor vida. Ele encontrou-a na bola: o seu contrato de rescisão é de 25 milhões de euros e o que ganha é inconfessável. Mas Kanouté não esquece de onde veio. De África.E foi assim que, na véspera do jogo do Sevilha com o Real Madrid, numa entrevista a um desportivo, preferiu falar da sua longínqua origem a dizer as habituais banalidades sobre o jogo. Inteligente, levou a conversa para o campo que lhe interessava. "É difícil ir ao Mali e não sentir-se chocado com a pobreza", disse. Uma vez feito o diagnóstico pessoal, o astro da bola continua a falar da vida: "Há que trabalhar com a gente de África, ajudar o desenvolvimento e acabar com a injustiça dos imigrantes."De bola, pouco ou nada disse na entrevista. Kanouté prefere falar da vida. E jogar futebol sem transcendências linguísticas. E assim fez. Marcou o primeiro dos seus tentos ao Real Madrid. O segundo golo, que garantiu a vitória, foi obra de arte do uruguaio Chaventón. Dois de fora, imigrantes de luxo, com arte. E memória.

Público 12/12/2006

SEXTA-FEIRA, DIA 13

O número 13 de má fama e objeto de tantos receios e superstições deve em parte a sua reputação por ser um número que desfaz o equilíbrio do ...